Cidades do Vale do Paraíba e região registram umidade do ar menor ou igual à verificada no deserto do Saara; veja índices
Índices alarmantes foram registrados na tarde desta segunda-feira (9), nas estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de Taubaté, Bragança Paulista, Campos do Jordão e São Luiz do Paraitinga. Em Cachoeira Paulista, o nível também foi crítico. Cidades do Vale do Paraíba e região registram umidade do ar menor ou igual à verificada no deserto do Saara; veja índices.
Carlos Bassan/PMC
Em meio a um cenário de onda de calor, tempo seco e queimadas, ao menos quatro cidades do Vale do Paraíba e região registraram umidade relativa do ar menor ou igual à do deserto do Saara na tarde desta segunda-feira (9), segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Na região, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) conta com cinco estações meteorológicas, em cidades diferentes: Taubaté, Bragança Paulista, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão e São Luiz do Paraitinga. Em quatro delas, os valores medidos são menores ou iguais à umidade medida em regiões desérticas.
🏜️No deserto do Saara, por exemplo, no norte da África, a umidade do ar varia de 14% a 20%. Nesta segunda-feira, cidades do Vale do Paraíba chegaram a registrar índices de umidade similares aos do deserto, com valores que variaram entre 12% e 24%.
Veja os valores medidos pelo Inmet na região nesta segunda, por volta das 15h:
São Luiz do Paraitinga – 12%
Campos do Jordão – 16%
Bragança Paulista – 17%
Taubaté – 19%
Cachoeira Paulista – 24%
A situação mais crítica foi registrada em São Luiz do Paraitinga, com 12% de umidade relativa do ar. Na sequência veio Campos do Jordão, com 16%; Bragança Paulista, com 17%; e Taubaté, com 19%.
Em Cachoeira Paulista a estação marcou um índice acima de 20%, não sendo considerada um situação desértica, mas mesmo assim é um valor considerado alarmante para a umidade do ar, já que a Organização Mundial da Saúde recomenda que o nível ideal de umidade relativa do ar é entre 60% e 80%. Quando o índice aponta níveis abaixo de 20% a situação é considerada emergencial.
Atualmente, o Inmet possui apenas cinco estações meteorológicas na região, que são das cidades listadas acima, no entanto, os valores medidos nas estações são similares à realidade dos municípios vizinhos. Portanto, a situação de alerta devido à baixa umidade do ar se estende para outras cidades do Vale do Paraíba e região bragantina.
O nível crítico de umidade do ar registrado em cidades do Vale do Paraíba e outras regiões do país têm várias influências, como a seca, o calor intenso e os bloqueios atmosféricos, que impedem o avanço de frentes frias e, consequentemente, das chuvas. Com menos nuvens e chuva, a umidade vai ficando cada vez mais baixa, segundo especialistas.
O tempo seco pode levar a problemas respiratórios, cansaço, dor de cabeça, narinas e olhos ressecados. O desconforto é ainda maior para pessoas que já têm doenças respiratórias, como asma, rinite alérgica ou bronquite crônica, que ficam propensas ao agravamento dos quadros.
Dicas para enfrentar o tempo seco
Beba bastante água (cerca de dois litros por dia ou 10 copos de água de 200 ml). Ela hidrata todos os órgãos, inclusive pele e mucosa.
Se puder, tenha um umidificador de ar em casa. Você também pode colocar uma bacia com água no ambiente ou uma toalha umedecida para minimizar os efeitos do ar seco, do ar poluído.
Hidrate bem as mucosas com soro fisiológico – pelo menos duas vezes ao dia.
Lave os olhos com soro fisiológico ou com colírio de lágrima artificial.
Cuidado com bebidas alcoólicas. Elas podem refrescar, mas também desidratam.
Mantenha a casa limpa, evitando o acúmulo de poeira.
Evite praticar exercícios físicos das 11h às 17h.
Proteja-se ao máximo do sol e evite o ressecamento das mucosas e pele.
Tempo seco afeta diretamente a qualidade do ar
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